quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Os últimos românticos da Rua Augusta - e do meu estranhamento na aborrecência

Há uns 15 anos, eu passava meus sábados à tarde com um livro, num porão com cheiro de bolor, esperando que meu primeiro namoradinho terminasse o ensaio da banda, qual era mesmo o nome da banda? (Da série: meu passado me condena). Eu nem lembrava disso quando ontem, zapeando pela TV antes de assistir uma adaptação de "O Idiota", do Dostô, parei num programa da MTV (eu que nunca assisto televisão) e vejo duas figuras da minha adolescência, lá da minha cidade natal: Cristiano (que hoje assina Cristiano Carlos) e Gustavo André (que todos chamam de Kally). Para quem não sabe, não sou carioca, nasci numa cidadezinha linda no interior de Santa Catarina, chamada Blumenau.

Para ser honesta, eu brigava muito com o Cristiano (que vivia grudado no namorado que eu tinha e me chamava de fresca e coisas afins) e ficava muito brava quando eles diziam que a maldita da garrafa de cerveja era a "saideira", e nunca era. Uma questão de inadaptação: meu lugar nunca foi boteco de madrugada - nem de dia - (eu que só bebo água sem gás e suco de abacaxi com hortelã), não gosto das multidões dos shows de rock e acampamento com mosquitos é a maior cilada que existe pra mim. Eles adoravam tudo isso, eu que era a estranha no ninho. O Gustavo, que eu sempre achei meio escatológico, namorou por tempos minha melhor amiga de faculdade - que não citarei o nome aqui por não saber se hoje ela tem um namorado ciumento.

Depois desse prelúdio, fica a dica para quem gosta do estilo musical - seja lá qual ele seja, receio de cometer alguma gafe. Os meninos estão num projeto chamado "Os últimos românticos da Rua Augusta", com o Wander Wildner, Luciano Clóvis e Sérgio Henrique.

Vídeo deles. 

Fiquei feliz de ver gentes da minha adolescência por aí. Tempos que não voltam. Que bom ;)


2 comentários:

  1. ai, a memória, a bússola primeira de todos os homens...

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  2. Que legal o texto. Incrível quando por alguma situação inusitada encontramos com o passado e temos a possibilidade de formar um novo texto, uma releitura do que foi vivido. Penso que a vida precisa de diversas reedições.

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