quarta-feira, 15 de setembro de 2010

me aflige tecer sozinha este enternecimento


Ausência

Desfiar tua ausência, pois me aflige
tecer sozinha este enternecimento,
e meu corpo é bordado pensamento
de juntar teu desejo ao meu desejo (...)

Musicar tua ausência, que meu sonho
— em cada gesto que se prenuncia
compõe nas veias pautas de agonia,
acordes dissonantes em meu corpo.

(Yeda Prates Bernis)

12 comentários:

  1. Por muito tempo achei que a ausência é falta.
    E lastimava, ignorante, a falta.
    Hoje não a lastimo.
    Não há falta na ausência.
    "A ausência é um estar em mim.
    E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
    que rio e danço e invento exclamações alegres,
    porque a ausência assimilada,
    ninguém a rouba mais de mim."

    Carlos Drummond de Andrade

    Um grande abraço amiga....

    ResponderExcluir
  2. Belíssimo!

    Falando em musicar ausência, eu acho que é minha falta de talento em aprender violão, se dá justamente para que eu tenho vida social, e não fique só compondo canções de amores mal resolvidos.

    ^^

    Bjos!

    ResponderExcluir
  3. Musicar o cá
    os
    em cordas vo(u)

    ais.

    ResponderExcluir
  4. Oi amore!!
    Tá rolando um sorteio super fofo da Joy Paper no Blog!
    Passa lá...
    http://www.manumanuelices.com/index.php/2010/09/11/sorteio-manuelices-joy-paper/
    Beijocas
    Manu

    ResponderExcluir
  5. Como a ausência pode doer. Parece que rasga a carne.

    ResponderExcluir
  6. A ausencia dos detalhes, tão únicos nunca pode ser compensada. É isso que nos faz sentir falta de alguém. Ninguém é igual, somos diferentes na essência, e temos qualidades e até defeitos só nossos, únicos, em nenhum outro há, que sempre vão deixar saudades. Um beijo. É sempre um prazer vir aqui.

    ResponderExcluir
  7. Gostoso de ler!...
    Mais ainda ao saborear!...

    =)

    ResponderExcluir
  8. Ressoante pesar. A ausência como efeito material, corpóreo, optativo ser... Retalhos, retalhos. Autópsia do impróprio. Saudades é o afeto que estagna.
    Beijinhos sonoros.

    ResponderExcluir
  9. O amor solitário
    Obriga a imagina
    Momentos de alegria
    Que não existiram.
    Traços perfeito de uma musa.
    Frases de amor
    Que jamais serão
    Ouvidas...
    Canções que não
    Serão compostas.
    Ate discussões
    Acirradas e
    A apimentadas
    Sobre a cama.
    As vezes com tudo
    Isso e tão chato
    E frio
    Esta sem o teu amor.
    E como não ter para onde
    Ir, mesmo com todo
    O mundo para visitar.
    ( Somente em sonho posso ter você) 07-09-2010

    ResponderExcluir
  10. HAJA LUZ!


    O verbo é o início, o meio e a continuidade de tudo. É o motor vivo e o espírito da História humana e por sê-lo semioticamente dinâmico e dialético, única força movedora e removedora das coisas e formadoras e transformadoras das formas e idéias, ele é o deus e o demônio intrínseco às estruturas culturais criadas pelos milênios de anos afora pelos homens e, volátil feito uma mola, é ele a ferramenta primaz e única capaz de retroceder ou retroceder os sistemas econômicos, políticos, culturaís, estéticos, religiosos e jurídicos de toda e qualquer forma de ordem criada pelo próprio homem. É o verbo, pois, muito mais assustador e perigoso que as construções técnicas conquistadas pelo homem porque nele se encerram todas as coisas e dele pode nascer todas as outras. Na gênesis, é o verbo o princípio motriz e matriz criadora de todas as coisas, e o verbo estava com Deus e Deus era o verbo: eis que no íntimo do próprio verbo está Deus, com todas as suas forças e possibilidades oceânicas e que tal força e poder fora, fantasmagoricamente, transportado ou incorporado aos homens, conforme a força e o caráter de cada espírito sobre a terra. "E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus: "HAJA luz. E HOUVE luz". É portanto, o Espírito de Deus movendo o Verbo que faz com que as coisas tomem idéias e as idéias tomem formas e as formas tomem vida. É, pois, então, o Espírito do Homem intimidado com o Verbo e os verbos, plenamente liberto das ideias, formas e vida que os homens menores constróem com a mera finalidade para que poucos sejam aqueles que façam parte da grande ceia do progresso histórico e da revolução dos benefícios das técnicas e da estética que faz com que os horizontes sejam revistos com a plenitude da lógica e da coerência mais humana e humanamente possível, fazendo com que novos horizontes possam se abrir sobre o lodaçal da História que há milênios vem sendo feita pelos que manipulam o verbo construíndo sistemas simbólicos mesquinhos e perversos, hipócritas e falsos, simplesmente como que para atender apenas e exclusivamente a vaidade e ao ego dos que, bio-psico-organicamente estão muito mais presos às forças do mal do que do bem. Cabe ao poeta, então, esse ser que transcende aos entes, âs formas, ideias, símbolos, arquétipos e instituições para revelar, a todos, o VERBO NÚ, capaz de fazer surgir novamente a luz e afastar as trevas, como fora no princípio, com Deus, pois o verbo é muito mais o que pré-diz, pós-diz, ante-diz e trans-diz.


    o Poeta.

    ResponderExcluir
  11. Sou de viver a ausência.
    Ela me consome em várias horas do dia e da noite.

    Beijos tia! lindo!

    ResponderExcluir

So if you have something to say, say it to me now